Destaques

A artista
Aline Mac Cord, artista carioca, explora em sua obra a profunda interconexão entre a vida humana e o ecossistema que a envolve, destacando o conceito de sensorialismo ecossistêmico. Com uma abordagem sensorial e filosófica, Aline propõe uma nova forma de entendimento, onde o “eu” se dissolve no contexto do ecossistema, e a percepção se expande para um equilíbrio essencial entre o humano e a natureza. Suas criações não apenas questionam uma ideia específica, mas desafiam toda uma forma de pensamento, convidando o espectador a uma experiência ativa e reflexiva que transcende a imagem.
Nos últimos três anos, suas obras foram exibidas em espaços culturais como o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, o Museu da Escola Catarinense - MESC e o Centro Cultural dos Correios, também no Rio de Janeiro. Inspirada pelas manifestações culturais e pela observação imersiva da natureza, Aline desenvolve trabalhos que integram uma estética espontânea, refletindo também sua atuação no carnaval de rua carioca, onde lidera desde 2006 o cortejo do Cordão do Boi Tolo. Essa experiência permite-lhe conectar-se com o aspecto lúdico e visceral de sua prática artística.
Em 2024, participou da residência artística Campo de Heliantos, em Alter do Chão, Pará, onde aprofundou sua relação com a Floresta Amazônica, trazendo novas camadas sensoriais e reflexivas à sua obra. Atualmente, Aline realiza sua formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, sob orientação de artistas como Charles Watson, Xico Chaves e Chico Cunha.
Com uma carreira multifacetada em sociedade, cultura e comunicação internacional, Aline é formada em Comunicação Social pela UFRJ e concluiu o mestrado na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Atualmente, atua como gestora no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde se dedica à preservação da biodiversidade e ao diálogo entre o humano e o natural. Em 2023, suas obras estiveram em destaque na Galeria Tato e na Unibes Cultural, em São Paulo, e, em 2024, em coletivas no MESC, em Florianópolis, e na exposição internacional El Porvenir, organizada em colaboração com instituições da América Latina.
Guiada por uma pesquisa sensorial e sobre a interdependência entre todos os seres, Aline cria um espaço onde o humano e o natural se entrelaçam de forma harmoniosa. Suas obras vão além do visual, convidando o espectador a reimaginar seu lugar no ecossistema e a explorar as conexões essenciais entre indivíduo e natureza.


"Minha arte nasce da interconexão entre o ser humano e o ecossistema. Busco transcender a fragmentação da modernidade experimentar o mundo como uma unidade viva, pulsante e inseparável.
Não se trata de exaltar a natureza como algo externo ao humano, mas de compreender que somos parte dela, e que apenas através dessa integração seremos capazes de encontrar equilíbrio, significado e felicidade verdadeira.
Exploro o conceito de sensorialismo ecossistêmico - compreendo que nossa experiência sensorial limitada é responsável por uma visão limitada sobre o mundo em que vivemos. Expresso, portanto, a energia vital invisível que flui entre os seres e o ambiente.
Quero que minhas obras inspirem as pessoas a enxergar o mundo como o organismo integrado da realidade ecossistêmica. Vivemos em uma época marcada pela separação – do outro, da natureza, de nós mesmos. Minha arte é uma tentativa de dissolver essas barreiras e estimular uma nova forma de pensar, sentir e existir."